Controle de Odor nas Estações de Tratamento de Esgotos (E.T.E.).

As instalações de tratamento de esgotos sanitários podem gerar odores em função dos processos adotados e das condições operacionais empregadas. Por consequência, estas instalações tornam–se indesejáveis às suas vizinhanças, justificando a implementação da gestão das emissões odorantes, seja na adoção de medidas de prevenção na sua produção, ou na ação de tratamento dos gases.

Em processos anaeróbios de tratamento de esgotos, os compostos odorantes provenientes da atividade bacteriana são: gás sulfídrico, mercaptanas, amônia, aminas com baixo peso molecular, indol, escatol, ácidos graxos voláteis, álcoois, aldeídos, cetonas e ésteres.

Na Tabela 8.2 são apresentadas as características dos principais compostos relacionados aos maus odores. Observa–se que os compostos com enxofre possuem seus limites de detecção e percepção olfativos com reduzidas concentrações, sendo, portanto, os principais compostos responsáveis pelos maus odores. Em segundo grau de importância apresentam–se os compostos com nitrogênio.

Além do incômodo à população do entorno das Estações Elevatórias de Esgoto (EEE’s) e Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s), a liberação de sulfeto de hidrogênio em altas concentrações pode provocar problemas de toxicidade aguda aos operadores dos sistemas de coleta e tratamento de esgoto e ainda causa corrosão nas estruturas (especialmente as de cimento e metais), reduzindo sua vida útil. Sendo assim, o interesse no tratamento dos gases emitidos em EEE’s e ETE’s tem aumentado nas companhias de saneamento brasileiras

(ARNESEN E SAMPAIO, 2013).

A realidade atual é que todos querem desfrutar dos benefícios trazidos pelo saneamento, mas ninguém quer arcar com os custos para isto. Neste conflito, a população está com razão, visto que nenhum habitante deve ser afetado pela existência de uma estação elevatória, ou uma estação de tratamento de esgoto próxima à sua residência, portanto, cada vez mais as concessionárias buscam soluções tecnológicas para neutralizar os odores gerados, e com isto, eliminar as reclamações da população.

Os Sistemas para Controle de Odores desenvolvidos pela – ECO TECH SYSTEM® são fornecidos nas seguintes alternativas:

  • Lavadores de Gases do tipo “Torre de Absorção com Reação Química”, os gases gerados nas fontes emissoras são captados através de uma rede de dutos aspirantes e conduzidos ao E.C.P. (Equipamento de Controle da Poluição), antes ou após o E.C.P. será montado um Ventilador / Exaustor Centrífugo que proverá o sistema da energia necessária e uma chaminé que descarregará o ar limpo à atmosfera.

O processo de tratamento consiste na absorção dos gases de forma ascendente, em contra do fluxo a solução neutralizante que distribuída por intermédio de Vertedouros de Distribuição, dá origem a uma absorção física e reação química na passagem do poluente pela superfície de contato dos corpos de enchimento.

A solução de lavagem retorna ao tanque, acoplado diretamente na parte inferior do corpo do lavador, onde será recirculada através de uma bomba, para o meio de lavagem.

Na determinação dimensional e técnica da Torre de Absorção, são considerados os fatores específicos, cujo cálculo correto, aplicação e somatórios, redundam no atendimento pleno das exigências estabelecidas.

Dentre tais fatores podemos citar:

  • Vazão de Ar / Gases Contaminados / Concentrações / Temperaturas;
  • Diâmetro e altura da Torre;
  • Velocidade de passagem;
  • Tempo de permanência;
  • Tipo e altura de enchimento;
  • Coeficiente de transferência da massa;
  • Fator de enchimento.
  • Solubilidade;
  • Pressão parcial do gás;
  • Tensão Superficial;
  • Reações Exotérmicas;
  • Estequiometria;
  • Autonomia do Sistema de Armazenagem de Químicos;
  • Caracterização dos Efluentes Líquidos no Descarte dos Lavadores.

 

  • Processo de Biofiltração; O Biofiltro ECO TECH SYSTEM® é um equipamento para tratamento de efluentes gasosos. O ar entra no Biofiltro no sentido ascendente, passa por duas camadas de meio filtrante, a 1ª denominada “EC-046-22-32” (cerâmica porosa de alta resistência, incombustível, não se degrada com o tempo e sua principal propriedade é a absorção de umidade). A 2ª denominada “ETS-USH-50/50”, foi desenvolvida pela ECO TECH SYSTEM ®, consiste em uma mistura de produtos naturais, de origem vegetal, criteriosamente balanceada para fornecer um ambiente adequado ao crescimento microbiano e manter porosidade elevada para permitir que o fluxo gasoso seja uniformemente distribuído e com baixa perda de carga (pressão estática), a vida útil do Biofiltro é de 4 a 10 anos.

As principais propriedades do meio filtrante, incluem:

  • Porosidade;
  • Capacidade de retenção da umidade;
  • Teor de nutrientes;
  • Decomposição lenta.
  • Densidade é de 175 Kg/m³;
  • pH 5,8 a 7;
  • Condutividade <0,7 mS/cm;
  • Oferecem alta velocidade de biodegrabilidade dos compostos voláteis como: Álcoois, Aldeídos, Cetonas, Ésteres, Ácidos Orgânicos, Aminas, Mercaptanas, H2S, NOx, HCL, NH3 e HF. (vide tabela de classificação)

Dependendo dos Compostos Voláteis, a dosagem de nutrientes específicos, pode ser necessária.

A vida útil do Meio Filtrante do Biofiltro é na ordem de 4 a 10 anos.

A gestão adequada do Biofiltro prevê o controle dos seguintes parâmetros operacionais:

  • Temperatura (> 10 ° C),
  • pH (a manter próximo do neutro),
  • Umidade (para garantir a permanência do biofilme e população microbiana)

Os Biofiltros CompactosECO TECH SYSTEM® são projetados com um sistema automático e ajustável de umidificação, que é composto por:

  • Aspersores;
  • Válvula Solenoide;
  • Manômetro de Pressão;
  • Temporizador Cíclico;
  • Controle de Umidade.

Todos os componentes do Biofiltro CompactoECO TECH SYSTEM® são montados dentro de container em Aço Corten com proteção anticorrosiva.